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Comércio Exterior: Gavilon do Brasil | Renato Nassif Lofrano, Vice-presidente da Gavilon, e Grace Maria Fernandes Mendonça (Foto: Alexandre Di Paula/Ed. Globo)

 

 

Fundação: 2013
Sede: São Paulo (SP)
Funcionários: 158

Braço da gigante japonesa Marubeni, a trading de grãos Gavilon mudou de estratégia para crescer no mercado brasileiro a partir de 2015, quando também alterou a direção executiva da subsidiária brasileira. Até então, baseado em aquisições, o crescimento da companhia, primeira colocada na categoria Comércio Exterior do Melhores do Agronegócio, privilegiou parcerias, o que lhe permitiu reduzir o peso do capital imobilizado, ao usar a infraestrutura de terceiros, tanto no armazenamento como em logística. O resultado soou animador: R$ 4,9 bilhões em receita líquida e rentabilidade sobre  o patrimônio líquido de 29% no ano passado.

Leia a reportagem completa no 14° Anuário do Agronegócio Globo Rural, disponível nas bancas e no Globo +.

Como acontece com a matriz, a Gavilon prefere medir seu resultado no mercado brasileiro pelo ano fiscal japonês, que se encerra em 31 de março. O resultado da companhia foi de R$ 84 milhões, três vezes maior que o resultado do ano fiscal anterior, e o Ebitda ficou em R$ 113 milhões. “Esse resultado reflete a finalização de nossa primeira fase de crescimento no país. Entre 2015 e 2017, focamos na abertura de filiais, formação de equipe e contratação de parcerias”, diz Fabrício Peres Mazaia, presidente da Gavilon do Brasil, que projeta nova rodada de crescimento da receita para o ano fiscal 2018/2019 entre 20% e 25%. “Agora estamos explorando a capacidade da empresa em termos de originação e explorando os corredores da malha logística”, diz.

(Ilustração: Bárbara Malagoli)

 

Paulistano, filho de produtores de grãos, Fabrício atua desde 2002 no comércio exterior, área em que se graduou nos EUA, onde viveu por seis anos. Como explica o executivo, a estratégia de crescer por meio de parcerias partiu da constatação de que havia um excesso de investimentos em infraestrutura no país, por parte de vários grupos econômicos, e ao longo de toda a cadeia de exportação de grãos. Eram ativos que não rendiam o que os investidores esperavam. “Percebemos que as parcerias de longo prazo com a Gavilon trariam eficiência aos ativos.”

Conforme o planejamento estratégico, essas iniciativas abrangeram ativos “em todas as escalas do agronegócio”, de armazéns, ferrovias e hidrovias a terminais portuários e plantas industriais. Algumas cooperativas ganharam um espaço de destaque, como a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), a Cotriguaçu, no Porto de Paranaguá, e a Coopersucar, principal parceira no Porto de Santos. Em logística, Rumo, MRS e VLI também são parceiros.

"O tabelamento do frete pode ter consequências severas"

Fabrício Peres Mazaia, presidente da Gavilon do Brasil

Com atuação principalmente na originação e exportação de soja, milho e trigo, a Gavilon expandiu sua atuação para o segmento industrial, com o processamento de grãos para a produção de farelo. Nesse nicho, o caminho encontrado foi procurar pequenas esmagadoras de capital nacional, acostumadas a competir com as grandes multinacionais que atuam no país e dominam, estima Fabrício, 80% das vendas, “uma briga bastante complicada”.

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Source: Rural

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