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(Ilustração: Bárbara Malagoli)

 

Em uma propriedade de 31 hectares, em Palmitos (SC), a família Weiss planta milho em 16 hectares. Colhe em meados de janeiro e replanta a área com soja, que, quando desfolha, indica que é hora de espalhar sementes de aveia na terra. “Quando colhemos a soja, a aveia já tem 5 centímetros. Dividimos em piquetes para soltarmos as vacas, porque o inverno é rigoroso”, conta o produtor Marcos Weiss. No restante do sítio, eles criam suínos: 630 animais em fase de terminação e 50 vacas leiteiras, que ocupam 8 hectares de pasto de verão e os 16 hectares com aveia no inverno. A silagem de milho complementa a alimentação das vacas, que produzem 1.200 litros de leite por dia. “Somos parceiros da Aurora, pois eles industrializam tudo o que produzimos e nos garantem mais lucros. Mesmo com pouca terra, progredimos”, diz Marcos.

A família Weiss é associada a uma das  12 cooperativas singulares que formam a Aurora Alimentos, escolhida a empresa vencedora do prêmio especial Campeã entre Cooperativas do Melhores do Agronegócio. No ano passado, a Aurora teve um faturamento de R$ 8 bilhões e as sobras, repassadas às singulares para depois serem divididas entre as 75 mil famílias de cooperados, somaram R$ 292 milhões. O crescimento de receita operacional bruta de 2016 para 2017 foi de 3,9%.

 

Atualmente, a Aurora abate 20 mil suínos por dia em oito frigoríficos, 1 milhão de aves em outras sete fábricas e processa 1,6 milhão de litros de leite por dia. O portfólio de produtos soma 800 itens. Tudo isso gera 28 mil empregos diretos.

Filho de suinocultores e o sétimo entre 11 irmãos, o vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, era aquele menino que ajudava na lida com os porcos e ia a pé para a escola, pisando em gelo no inverno. Fez carreira como executivo, mas os irmãos, produtores rurais, continuam seus conselheiros. “A cada churrasco de fim de semana, escuto as queixas dos meus irmãos, ouço deles os pontos em que podemos melhorar e em quais estamos certos. Às segundas-feiras, sempre chego com novas ideias. A sintonia entre nosso trabalho industrial e comercial e o produtor rural tem de ser a melhor. Nossa região é repleta de pequenas propriedades familiares. É preciso que produzam com satisfação e qualidade. Creio que estamos conseguindo”, diz Neivor.

A cooperativa Aurora foi fundada em 1969, quando se chamava Cooperativa Central Catarinense, reunindo oito singulares fundadoras. Cada uma entrou com um capital de 100 cruzeiros novos. O nome Aurora veio em 1973, com a aquisição da marca e de um frigorífico desativado, que pertenciam a uma família da região. Hoje, a matriz fica em Chapecó (SC). Das cooperativas filiadas, nove ficam em Santa Catarina e as outras três estão no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Leia a reportagem completa no 14º Anuário do Agronegócio Globo Rural, disponível nas bancas e no Globo +.

 

 

 
Source: Rural

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