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Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), da SLC Agrícola (Foto: Reprodução/SLC Agrícola)

 

A SLC Agrícola, empresa produtora de grãos e algodão, planeja ampliar em 12,5% a área plantada em suas fazendas, para 454,9 mil hectares. Segundo dados divulgados durante teleconferência de resultados do segundo trimestre de 2018, realizada nesta quarta-feira, (15/8), o incremento de área cultivada com algodão será ainda maior, 27,2%, totalizando 120,9 mil hectares, dos quais 70,5 mil hectares previstos para o algodão de 1ª de safra (plantado a partir de dezembro) e 50,5 mil hectares para o de 2ª safra (semeado logo após a colheita da soja, de janeiro em diante).

A área a ser destinada à soja é estimada em 246,3 mil hectares, 7% maior que a da safra 2017/18. As lavouras de milho 2ª safra devem abranger 86,2 mil hectares, 12% a mais que no ciclo anterior. A SLC possui 15 fazendas localizadas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão e Piauí.

Durante a teleconferência, o diretor-presidente da companhia, Aurélio Pavinato, afirmou que trabalha com a perspectiva de manutenção dos preços internacionais do algodão no patamar atual, em torno de 80 a 90 cents por libra-peso, que já supera os preços médios da safra 2017/2018. Isso porque países produtores do Hemisfério Norte, como Estados Unidos, China, Índia e Paquistão, que já cultivaram o algodão da temporada 2018/2019, reduziram a área plantada.

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A Austrália também deve cultivar área menor, em virtude da seca no país, segundo Pavinato. Com isso, a produção mundial, de cerca de 120 milhões de fardos, conforme o executivo, novamente deverá ser menor que o consumo, de cerca de 127 milhões de fardos, o que garantirá sustentação às cotações da commodity. "Com este valor, alta produtividade e câmbio desvalorizado, conseguimos (empresa e setor) ter margens excelentes", disse Pavinato.

Agricultores brasileiros, que começam a plantar algodão no fim do ano, poderão se beneficiar do contexto tanto ampliando a área plantada e produzindo mais, como comercializando a produção por preços mais remuneradores. Para a soja, a perspectiva é de estabilidade dos preços atuais no Brasil, muito em função das taxas impostas pela China à soja norte-americana, que pressiona as cotações em Chicago mas também leva a aumento dos prêmios pagos pela oleaginosa brasileira nos portos do País. "Deve se manter entre US$ 10 e US$ 10,50/bushel", disse o diretor-presidente da SLC.

Com a perspectiva de ampliação robusta da área plantada em suas propriedades e preços remuneradores na safra 2018/19, Pavinato estima que o faturamento da companhia em 2018 pode crescer cerca de 20%. "Fazendo uma conta de forma grosseira, há potencial para um crescimento do faturamento em torno de 20%, em função do aumento da área de algodão", disse o executivo.
Source: Rural

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